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Homofobia: MP é acionado contra candidato a deputado do PL

Na última semana, o candidato a deputado federal Pedro Manso (PL-RJ) deixou um comentário homofóbico na foto em que o ator Jesuita Barbosa beija Cicero Ibeiro em uma praia no Rio. Agripino Magalhães, ativista LGBTQIA+ e deputado estadual suplente, entrou com uma denúncia no Ministério Público.

Manso se desculpou pelo comentário e afirmou que sempre tratou respeitosamente os gays no meio artístico e disse ter amigos que são homossexuais.

Pedro Manso se define como humorista patriota em defesa da família

“Estou entrando em contato com vossa excelência para dizer que essa repercussão toda que deu o que falar nas redes sociais não condiz com a minha pessoa”, escreveu. “Não foi minha intenção magoar os gays que tanto amo e respeito, foi apenas um comentário infeliz, mas sem a intenção de maldade alguma.”

“Trabalhei com Leão Lobo, Darby Daniel, e todos os maquiadores da Record e SBT, e eles podem falar do meu carinho e respeito por todos. Desde já, lhe peço mil desculpas e quero lhe dizer que sou seu fã e um dia terei a honra de lhe conhecer pessoalmente.”

Magalhães já denunciou Sikêra Jr e Gilberto Barros ao MP em outras ocasiões.

Antes do comentário homofóbico, ele ficou conhecido por imitar Silvio Santos, Datena, Valdemiro Santiago, Cid Moreira e Fausto Silva. Pedro Manso também fez parte do “Programa do Ratinho” e foi jurado no “Sabadão”, com Celso Portiolli, ambos no SBT.

Veja a postagem que foi denunciada ao MP:

“O final dos tempos está chegando, antigamente a gente correria atrás da mulherada e era difícil. Hoje em dia os caras têm a mulher que eles querem, mas preferem eles serem as mulheres. Papel inverso”, escreveu.

“Eu não troco uma mulher por nada. Se Deus fez coisa melhor que a mulher tá com ele guardado!”, concluiu.

Homofobia é crime!

Em junho de 2019, o Supremo Tribunal Federal decidiu que o crime de homofobia deve ser equiparado ao de racismo. Os magistrados entenderam que houve omissão inconstitucional do Congresso Nacional por não editar lei que criminalize atos de homofobia e de transfobia. Por isso, coube ao Supremo aplicar a lei do racismo para preencher esse espaço.

Em alguns casos, a discriminação pode ser discreta e sutil, como negar-se a prestar serviços

Como denunciar pela internet

Em casos de homofobia em páginas da internet ou em redes sociais, é necessário que o usuário acesse o portal da Safernet e escolha o motivo da denúncia.

Feito isso, o próximo passo é enviar o link do site em que o crime foi cometido e resumir a denúncia. Aproveite e tire prints da tela para que você possa comprovar o crime. Depois disso, é gerado um número de protocolo para acompanhar o processo.

Há aplicativos que também auxiliam na denúncia de casos de homofobia. O Todxs é o primeiro aplicativo brasileiro que compila informações sobre a comunidade, como mapa da LGBTfobia, consulta de organizações de proteção e de leis que defendem a comunidade LGBT.

Há muitas formas de denunciar homofobia no Brasil

Pelo aplicativo também é possível fazer denúncias de casos de homofobia e transfobia, além de avaliar o atendimento policial. A startup possui parceria com o Ministério da Transparência-Controladoria Geral da União (CGU), órgão de fiscalização do Governo Federal, onde as denúncias contribuem para a construção de políticas públicas.

Com a criminalização aprovada pelo STF, o aplicativo Oi Advogado, pensado para conectar pessoas a advogados, por exemplo, criou uma funcionalidade que ajuda a localizar especialistas para denunciar crimes de homofobia.

Delegacias

Toda delegacia tem o dever de atender as vítimas de homofobia e de buscar por justiça. Nesses casos, é necessário registrar um Boletim de Ocorrência e buscar a ajuda de possíveis testemunhas na luta judicial a ser iniciada.

As denúncias podem ser feitas também pelo 190 (número da Polícia Militar) e pelo Disque 100 (Departamento de Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos).

Veja também: Jesuíta Barbosa se assume para ajudar comunidade LGBT: ‘sou viado’

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