Homem de muitos talentos, humorista, ator, escritor e apresentador Jô Soares morreu aos 84 anos na cidade de São Paulo. O óbito foi às 2h30 da madrugada de hoje, 5, no Hospital Sírio-Libanês onde estava internado desde dia 28 de julho para tratar de uma pneumonia.
A causa da morte ainda não foi divulgada. O local do enterro e velório também não foi informado, apenas que será restrito à família a amigos.
A notícia foi confirmada pela assessoria do hospital e pela ex-mulher de Jô Soares, Flávia Pedra. Ela divulgou nota no Instagram: “Aqueles que através dos seus mais de 60 anos de carreira tenham se divertido com seus personagens, repetido seus bordões, sorrido com a inteligência afiada desse vocacionado comediante, celebrem, façam um brinde à sua vida.
A vida de um cara apaixonado pelo país aonde nasceu e escolheu viver, para tentar transformar, através do riso, num lugar melhor.”, declarou.
“Você é orgulho pra todo mundo que compartilhou de alguma forma a vida com você. Agradeço aos senhores Tempo e Espaço, por terem me dado a sorte de deixar nossas vidas se cruzarem. Obrigada pelas risadas de dar asma, por nossas casas do meu jeito, pelas viagens aos lugares mais chiques e mais mequetrefes, pela quantidade de filmes, que você achava uma sorte eu não lembrar pra ver de novo, e pela quantidade indecente de sorvete que a gente tomou assistindo”, escreveu Flávia.
Mais de 60 anos de carreira
Jô Soares fez história na televisão brasileira, participando de atrações como “A família Trapo” (1966), TV Record, “Planeta dos homens” (1977), TV Globo, e “Viva o Gordo” (1981), TV Globo. Ele atuou como diretor, humorista, ator e até como comentarista esportivo da Fox Sports na Copa do Mundo da Rússia, 2018.
Além disso, Jô Soares escreveu 10 livros. “O Xangô de Baker Street”, de 1995, e “O Homem que Matou Getúlio Vargas”, de 1998, são suas obras mais populares.
Mas muitos lembram mesmo de seus programas de entrevistas, inspirados nos late shows dos Estados Unidos. ” Jô Soares Onze e Meia” levou prestígio para a emissora de Silvio Santos, entrevistando as mais diferentes figuras de todas as vertentes, desde anônimos a políticos.
Anos mais tarde, em 2000, o formato foi para a TV Globo, ficando no ar até 2016. A entrevista de Jô com a apresentadora Hebe Camago e as atrizes Nair Belo e Lolita Rodrigues, no ano 2000, é um dos mais icônicas.
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