Um estudo de pesquisadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, concluiu que as pessoas tomaram a vacina contra a herpes-zóster têm 20% menos probabilidade de desenvolver Alzheimer, em comparação com aquelas que não receberam o imunizante.
Essas evidências se baseiam na descoberta de que a infecção provocada pelo varicella zoster vírus (VZV), causador da herpes-zóster, poderia ser a responsável por boa parte dos casos de demência.
A descoberta é apontada como caminho para o desenvolvimento de estratégias de prevenção contra o Alzheimer e outros doenças neurodegenerativas. Isso pode até levar ao desenvolvimento de uma vacina para a doença de Alzheimer que pode ser administrada no início da vida.
Um ponto interessante do estudo é que os pesquisadores notaram que a vacina parece muito mais eficaz nas mulheres do que nos homens. Enquanto nelas a redução do risco foi de cerca de 30%. Nos homens, foi de cerca de 10%.
Herpes-zóster
Acredita-se que cerca de 95% da população o carregue este vírus, que uma vez contraído, permanece no corpo por toda a vida.
Existem vários tipos de vírus do herpes. Estes incluem varicela-zoster, que causa a varicela, e o vírus herpes simplex, um pouco menos comum, que causa herpes labial nos lábios e bolhas nos órgãos genitais. Embora esses vírus permaneçam no corpo, eles causam problemas com pouca frequência.
Acredita-se que quando o sistema imunológico, que normalmente os mantém sob controle, fica enfraquecido, isso lhes dá a oportunidade de se reativar.
Quando o varicela-zoster adormecido é reativado, ele causa herpes zoster – uma erupção dolorosa de feridas. Embora possa atacar em quase qualquer idade, as pessoas mais velhas, que têm sistemas imunológicos naturalmente mais fracos, são mais vulneráveis.
No Brasil, a vacina para herpes-zóster não está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), apenas no sistema privado.
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