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Estudo mostra como o vinho pode afetar a saúde do bebê na gravidez

Os autores do estudo explicaram ainda que a ressonância magnética fetal é um método de exame altamente especializado e seguro que os permite fazer declarações precisas sobre a maturação cerebral pré-natal – iStock/Getty Images
Créditos: Getty Images

Estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Medicina de Viena, na Áustria, descobriu que uma única taça de vinho por semana durante a gravidez é capaz de alterar a estrutura do cérebro do bebê.

Para chegar ao resultado, os pesquisadores lançaram mão de exames de ressonância magnética que apontaram que bebês expostos a quantidades baixas de álcool no período pré-natal tinham um sulco temporal superior direito (STS) mais raso – área que está ligada à cognição, à integração audiovisual e à linguagem.

Concluiu-se ainda que bebês com SAF podem apresentar características físicas específicas: olhos pequenos, lábio superior fino e uma área lisa sob o nariz. Além disso, outros problemas incluem déficits mentais, malformações de ossos e órgãos principais, crescimento inibido e doenças do sistema nervoso central.

Ao todo o estudo austríaco avaliou 24 fetos expostos ao álcool no útero, que tinham entre 22 e 36 semanas de gestação e foram identificados por meio de pesquisas sobre os hábitos de consumo das mães.

Assim, verificou-se que o desenvolvimento do cérebro, conhecido como pontuação de maturação total fetal, foi significativamente reduzido nos bebês das mães que beberam vinho durante a gravidez, quando comparados a outros bebês da mesma idade que não foram expostos ao álcool.

Por que o vinho pode ser prejudicial para o bebê ?

Apesar das evidências, para os cientistas ainda não está exatamente claro como o álcool danifica o cérebro dos bebês. O que se sabe, preliminarmente, é que o álcool altera a estrutura das células, reduzindo a mielinização – seu processo de revestimento protetor – e o número de interconexões entre elas.

De acordo com o estudo nenhuma quantidade de álcool é segura durante a gestação e, portanto, a recomendação é abstenção total entre essas mulheres.

“Infelizmente, muitas mulheres grávidas não têm conhecimento da influência do álcool no feto durante a gravidez. Portanto, é nossa responsabilidade não apenas fazer a pesquisa, mas também educar ativamente o público sobre os efeitos do álcool no feto”, disse o principal autor do estudo, o neurologista Patric Kienast.

Veja também: Ginecologista derruba cinco mitos sobre a gravidez

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