Genival José da Silva, pai do personal trainer Márcio Victor Possa da Silva, de 34 anos, assassinado durante o assalto a agências bancárias em Araçatuba (SP), acredita que o filho foi executado. O crime ocorreu na última segunda-feira, 30.
Márcio teria morrido por não conseguir se manter sobre o capô do veículo de fuga dos assaltantes, que o fizeram de escudo humano. Ele recebeu dez tiros.
“Pela imagem que vi, ele está no primeiro carro. Tem um em cima, e ele está embaixo, no capô”, disse Genival ao G1. “Acredito que ele caiu, não aguentou segurar, ou viu a oportunidade e tentou fugir, mas foi baleado por dez tiros.”
Moradores de Araçatuba gravaram os momentos do assalto a banco.
De acordo com informações da Policia Civil, o assalto a banco terminou em três mortos, sendo eles dois civis (uma das vítimas foi encontrada em um carro, e outra, caída na rua) e um criminoso (morto durante confronto contra a polícia).
Além disso, cinco moradores ficaram feridos, um deles em estado grave depois que teve os pés amputados por explosão de bomba.
A quadrilha espalhou bombas pelas ruas do centro e usou moradores de escudo. Alguns foram amarrados aos carros do grupo. Os ataques foram feitos a três agências bancárias da cidade.
Mega-assalto em Araçatuba
Por causa da grande quantidade de explosivos usados pela quadrilha nos ataques a três agências bancárias em Araçatuba, a Polícia Federal pode investigar o caso como crime de terrorismo.
A polícia apreendeu sete carros usados pelo bando. Um dos veículos estava adaptado transportar armas de calibre .50, capaz de derrubar helicópteros.
Os carros foram localizados em uma mata entre os municípios de Bilac e Gabriel Monteiro, próximo à Araçatuba.
No local, os policiais militares encontraram diversas munições de diferentes calibres, como .50, .762. e .556, além de “miguelitos” –artefatos de metal utilizados para furar pneus de veículos.
“Possivelmente, eles deixaram um calibre.50, que é uma arma de guerra, fixado em um tripé. O buraco serve para colocar o cano arma para o lado de fora. Os bandidos conseguem atirar de dentro do carro. Eles ficam protegidos porque o veículo é blindado”, disse capitão da PM Alexandre Tropaldi, ao G1.
Próximo ao pedágio da cidade de Glicério, os policiais encontraram um ônibus abandonado com galões de gasolina. A PM suspeita que o combustível tenha sido usado pelos criminosos para atear fogos em veículos na Rodovia Marechal Rondon durante a fuga.
A PM também encontrou drones usados pela quadrilha para monitorar toda a ação, tanto na chegada até a fuga pela zona rural da cidade.
Um suspeito de envolvimento nos ataque foi preso em Campinas (SP), a 450 quilômetros de distância do mega-assalto.
Até o momento, quatro pessoas foram detidas. Uma delas já foi liberada. Um casal segue preso.
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